segunda-feira, 6 de Maio de 2024  01:24
PESQUISAR 
LÍNGUA  

Portal D'Aveiro

Publicidade Prescrição eletrónica (PEM), Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), Gestão de Clínicas Publicidade

Inovanet


RECEITA SUGESTÃO

Molotoff

Molotoff

Comece por bater as claras. Quando estiverem meio batidas, junte 2 colheres de açúcar e continue a bater sem parar até ...
» ver mais receitas


NOTÍCIAS

imprimir resumo
05-07-2004

O dia mais triste da história


Euro2004

A selecção portuguesa de futebol viveu ontem o dia mais triste em mais de oito décadas de existência, ao "esbarrar" na "muralha" grega e perder (0-1) em pleno Estádio da Luz a final do Euro2004. Um golo de Angelos Charisteas (57 minutos), num dos poucos remates da Grécia, foi suficiente para o "onze" de Otto Rehhagel derrubar uma "força" que ninguém parecia capaz de parar, uma selecção, mais do que nunca, apoiada por um país em estado de euforia. Numa cidade onde não perdia desde 1981, Portugal teve muita paciência, como lhe era pedido, na busca do golo e do seu primeiro título, mas foi incapaz de marcar, ao contrário do que sucedera nos 10 últimos jogos em fases finais do Europeu. Apesar do muito tempo de posse de bola e dos muitos remates, a formação lusa criou poucas ocasiões flagrantes para marcar e as que conseguiu - as principais tiveram-nas Maniche (24 minutos), Cristiano Ronaldo (75) e Figo (89) - foram desperdiçadas. Foi, assim, a vitória do rigor defensivo, da eficácia e, acima de tudo, do colectivo, de uma equipa que hoje, como ao longo de toda a prova, esteve muito longe de jogar um futebol bonito, mas, com alguma felicidade à mistura, soube utilizar as suas armas na perfeição. Como o golo luso não chegou - nem cedo... nem nunca -, o espectáculo foi pobre, valendo apenas pela emoção que houve até final, já que, a qualquer momento, um tento luso poderia mudar tudo, alterar a "cruel" justiça da cabeçada vitoriosa do número nove grego. Para a história fica o título de uma selecção grega que chegou sem qualquer vitória em fases finais e o desaire de uma formação lusa, que conseguiu o maior feito da sua história, mas sai - como começou - com uma grande desilusão... à conta do mesmo adversário. Face ao que fez pelo meio, Portugal justificava, no entanto, outra sorte, outro destino, outro final, um fim bem mais alegre, como aqueles que se seguiram aos jogos face a espanhóis, ingleses e holandeses, em que foi demonstrada qualidade para chegar ao título. A frio, irá realçar-se esse trajecto e o que de bom aconteceu com vista ao futuro, mas, para já, a realidade lusa é de tristeza, sobretudo para os sobreviventes da "geração de ouro": Fernando Couto já passou o "testemunho", Rui Costa fez o seu último jogo pela selecção "AA" e Figo... poderá seguir-lhe as pisadas. Portugal entrou com o "onze" das meias-finais: Miguel, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente, à frente de Ricardo, um meio- campo com Costinha, Maniche e Deco e dois extremos (Figo e Cristiano Ronaldo) no apoio ao "ponta-de-lança" Pauleta. Por seu lado, a Grécia entrou num similar "4-3-3", com Nikopolidis na baliza, Seitaridis, Dellas, Kapsis e Fyssas na defesa, três médios defensivos (Zagorakis, Basinas e Katsouranis) e um ataque com Charisteas e Giannakopoulos, nos extremos, e Vryzas, ao meio. Como se esperava, Portugal assumiu, desde início, o comando do encontro, perante uma Grécia mais preocupada em defender, também como era aguardado, pelo que, com poucos espaços, o primeiro remate apenas apareceu aos 14 minutos, num desequilíbrio provocado por Miguel. Por seu lado, os helénicos apenas chegaram pela primeira vez à área lusa aos 16 minutos, altura em que, após uma hesitação da defesa lusa, Charisteas surgiu na "cara" de Ricardo, só que este saiu muito bem e chegou primeiro do que o avançado contrário. O jogo continuou, no entanto, mais no sentido da baliza grega, só que Portugal, mesmo jogando com paciência, não conseguia criar oportunidades, sendo excepção um remate à entrada da área de Maniche, depois de um canto apontado na direita por Figo (24 minutos). Até ao final da primeira parte, foi sempre tudo mais ou menos igual, com a selecção lusa a atacar e a grega a defender e, a espaços, a tentar o contra-ataque, mas, de importante, apenas a lesão de Miguel, substituído quase em "cima" do intervalo por Paulo Ferreira. No início da segunda parte, nada se alterou, mas Portugal surgiu mais rematador, só que, aos 57 minutos, a Grécia ganhou o primeiro canto e chegou ao golo: Basinas marcou na direita e, mais alto do que a defesa lusa, Charisteas cabeceou vitoriosamente. Se, até aí, os gregos praticamente só defendiam, essa tendência acentuou-se ainda mais quando passaram para a frente do marcador, obrigando Portugal a ter ainda mais paciência para conquistar espaços e construir oportunidades de golo. Nos dois minutos seguintes, Cristiano Ronaldo tentou de longe, depois Deco (60 minutos), Rui Costa (62) - entretanto entrado para o lugar de Costinha -, Figo (64), de novo Rui Costa (73) e ainda, na que foi maior oportunidade lusa ao longo de todo o jogo, Cristiano Ronaldo (80), numa altura em que Nuno Gomes já havia substituído Pauleta. Até ao final, foi sempre o mesmo "filme", mas a bola continuou a teimar em não entrar na baliza grega, nomeadamente num remate de Ricardo Carvalho, detido por Nikopolidis (81), e num outro de Figo, que saiu mesmo a rasar o poste direito (89). Quase sempre perante uma "muralha" de 11 elementos, Portugal nunca deixou de tentar, mas, para desespero de 70 por cento do Estádio da Luz, o último apito do alemão Markus Merk soou antes de chegar o tão desejado golo luso... que mantivesse vivo o "sonho".

ACESSO

» Webmail
» Definir como página inicial

Publicidade

TEMPO EM AVEIRO


Inovanet
INOVAgest ®